Os custos elevados nos serviços de saúde têm afetado diretamente o faturamento hospitalar das instituições. A busca para equilibrar estes custos é um desafio constante para gestores que trabalham com margens pequenas e recursos financeiros limitados. 

A importância do setor de faturamento

O faturamento hospitalar é o setor responsável pela cobrança das contas médicas sendo assim peça fundamental para a boa saúde financeira das instituições de saúde. É ele também a fonte que supre gestores com informações importantes para a tomada de decisões administrativas e estratégicas.

A falta de apoio e a complexidade hospitalar fazem com que o faturamento não tenha o real controle do serviço prestado versus faturado. Ítens que não são lançados no sistema, itens glosados sem motivos pelos planos de saúde, itens com valores desatualizados, são situações que ocorrem frequentemente na maioria dos hospitais.

Dicas

  1. Padronizar de forma adequada os lançamentos do que deve ser cobrado. Padronização é muito importante para evitar erros de cobrança;
  2. Para evitar esquecimentos de documentos que devem estar na conta, assinaturas e checagem é necessário passar a utilizar checklists;
  3. Utilizar checklists automatizados de forma a estabelecer um padrão para todos os envolvidos da área. Dessa forma, acabam as variações de lançamento nas contas, dependendo de quem fez o apontamento, e como os critérios de lançamento seguem um padrão, o processo de discussão entre auditores internos e externos acontece com menor nível de stress;
  4. Restruturar rotinas (internação e gerenciamento de leitos), investir na negociação e integração com convênios, criação de pacotes, reanálises de glosas e tabelas de preços, etc;
  5. Se algo foi utilizado, ele tem que ser cobrado de alguém. Se o procedimento está baseado em protocolo (no caso de procedimentos médicos) ou de POP (no caso de procedimentos de outros profissionais assistenciais), o que se utiliza tem que ser cobrado, a não ser que os protocolos e POPs possuam registros incorretos;
  6. Controlar o estoque de perto, bem como a cadeia de fornecedores;
  7. Deve-se investir em treinamento contínuo dos profissionais envolvidos no processo de faturamento. Sem as habilidades adequadas para a execução de tais serviços, ocorrerão erros, e as receitas previstas pelo estabelecimento ficarão comprometidas pelos gastos desnecessários;
  8. Elaborar e manter relatórios gerenciais para suprir as necessidades do gestor na tomada de decisão;
  9. Lembrar que pequenos gastos, quando não são devidamente administrados, podem resultar em perdas significativas;
  10. Utilizar auxílio da tecnologia para automatizar tarefas complexas e repetitivas. Sistemas integrados e softwares especializados reduzem significativamente o trabalho repetitivo, além de organizar e padronizar o setor.